terça-feira, 29 de janeiro de 2013

RESGATE COLETIVO, BREVE REFLEXÃO!


Para todos os fenômenos da vida humana, há sempre uma razão de ser. No dicionário Espírita, não deve constar a palavra “acaso”, ainda que as situações se nos afigurem insuportáveis. 

A tragédia, como a de Santa Maria/RS nos expõe, de maneira evidente, um episódio de resgate coletivo. 

A Doutrina Espírita tem as explicações prováveis, considerando que, nos Estatutos de Deus, não há espaço para injustiça. 

Segundo os Espíritos:

“Se há males nesta vida cuja causa primária é o homem, outros há, também, aos quais, pelo menos na aparência, ele é completamente estranho e que parecem atingi-lo como por fatalidade. Tal, por exemplo, os flagelos naturais.” 

“Aquele, pois, que muito sofre deve reconhecer que muito tinha a expiar e deve regozijar-se à ideia da sua próxima cura. Dele depende, pela resignação, tornar proveitoso o seu sofrimento e não lhe estragar o fruto com as suas impaciências, visto que, do contrário, terá de recomeçar.” 


Em verdade, "as grandes provas são quase sempre um indício de um fim de sofrimento e de aperfeiçoamento do Espírito, desde que sejam aceitas por amor a Deus”

É bem verdade que as catástrofes naturais ou acidentais, como a do Haiti, vitimam milhares de pessoas. Nesses episódios, as imagens midiáticas, virtuais ou impressas, mostram-nos, com colorido forte, o drama inenarrável de inúmeras pessoas, enquanto a população recolhe o que sobrou e chora seus mortos.

Os flagelos destruidores ocorrem com o fim de fazer o homem avançar mais depressa. A destruição é necessária para a regeneração moral dos Espíritos, que adquirem, em cada nova existência, um novo grau de perfeição. 

"Esses transtornos são, freqüentemente, necessários para fazerem com que as coisas cheguem, mais prontamente, a uma ordem melhor, realizando-se em alguns anos o que necessitaria de muitos séculos.” 

Dessa maneira, esses flagelos destruidores têm utilidade do ponto de vista físico, malgrado os males que ocasionam, "pois eles modificam, algumas vezes, o estado de uma região; mas o bem, que deles resulta, só é, geralmente, sentido pelas gerações futuras.” 


Aquele que se compraz na caminhada pelos atalhos do mal, a própria lei se incumbirá de trazê-lo de retorno às vias do bem. O passado, muitas vezes, determina o presente que, por sua vez, determina o futuro. 

Porém, cabe a ressalva de que nem todo sofrimento é expiação. No item 9, Cap. V, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec assinala: 

"Não se deve crer, entretanto, que todo sofrimento porque se passa neste mundo seja, necessariamente, o indício de uma determinada falta. Trata-se, freqüentemente, de simples provas escolhidas pelo Espírito para sua purificação, para acelerar o seu adiantamento."

                                                                                             Baseado no texto de Jorge Hessen


Abraços fraternos

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