quarta-feira, 27 de julho de 2011

O ESPÍRITA DEVE SER


O espírita deve ser verdadeiro, mas não agressivo, manejando a verdade a ponto de convertê-la em tacape na pele dos semelhantes.

Bom, mas não displicente que chegue a favorecer a força do mal, sob o pretexto de cultivar a ternura.

Generoso, mas não perdulário que abrace a prodigalidade excessiva, sufocando as possibilidades de trabalho que despontam nos outros.

Doce, mas não tão doce que atinja a dúbia melifuidade, incapaz de assumir determinados compromissos na hora da decisão.

Justo, mas não implacável, em nome da justiça, impedindo a recuperação dos que caem e sofrem.

Claro, mas não desabrido, dando a idéia de eleger-se em fiscal de consciências alheias.

Franco, mas não insolente, ferindo os outros.

Paciente, mas não irresponsável, adotando negligência em nome da gentileza.

Tolerante, mas não indiferente, aplaudindo o erro deliberado em benefício da sombra.

Calmo, mas não tão sossegado que se afogue em preguiça.

Confiante, mas não fanático que se abstenha do raciocínio.

Persistente, mas não teimoso, viciando-se em rebelar-se.

Diligente, mas não precipitado, destruindo a si próprio.

"Conhece-te a ti mesmo" - diz a filosofia, e para conhecer a nós mesmos, é necessário escolher atitude e posição de equilíbrio, seja na emotividade ou no pensamento, na palavra ou na ação, porque, efetivamente, o equilíbrio nunca é demais.
L - Questão 843




Observe a sua classificação nesta escala mas, faça-o com os olhos dos outros, ou seja, sem a sua interferência na analise, para que saiba com a precisão, o quanto ainda precisa melhorar para alcançar a plenitude de sua luta nesta existência!

Não esqueça que: "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, Qualquer Um pode Começar agora e fazer um Novo Fim." (Frases e Pensamentos de Chico Xavier)
 
Abraços Fraternos
 


sábado, 23 de julho de 2011

Primeiro Curso Superior de Espiritismo no País!

Se quiser saber mais, entre no site: www.falec.br

O primeiro curso superior de Teologia  Espírita do Brasil. O estudo da Doutrina dos Espíritos, codificada pelo educador  e pesquisador francês Alan Kardec (1804-1869) há um século e meio, não  será mais exclusividade dos Centros Espíritas espalhados pelo País. A partir do ano que vem os adeptos da doutrina poderão estudá-la, com direito a diploma,  beca e tudo o mais que uma graduação universitária dá direito. Foi o que decidiu o   Ministério da Educação ao autorizar em setembro o funcionamento do  primeiro curso de bacharelado em Teologia Espírita do Brasil, que será ministrado na Faculdade Dr. Leocádio José Correia, em Curitiba (PR). “A idéia do curso  é  formar não só bacharéis, mas também pesquisadores do Espiritismo”, diz  Maury Rodrigues da Cruz, presidente da Sociedade Brasileira de Espiritismo e  idealizador do curso de quatro anos.

As 100 vagas oferecidas terão de passar também  por uma entrevista com especialistas. “É uma forma de avaliarmos melhor os  interessados, assegurando o ingresso de pessoas realmente comprometidas com a pesquisa”, explica Cruz

As bases da doutrina são a crença num Deus Único, criador de todo o  Universo, e na imortalidade do espírito, que evolui sempre, por meio de várias  encarnações.

Um dos objetivos do curso é a análise do espiritismo em suas linhas  religiosa, filosófica e científica. A existência da alma, sua sobrevivência ao transe da morte e os fenômenos mediúnicos compõem um universo ainda pouco estudado nas rodas acadêmicas.
 
“É preciso dar massa crítica e espírito investigativo à obra de Kardec”, analisa Cruz. Nicete Bruno, espírita desde a juventude, aprova a criação da  universidade. “No âmbito coletivo, o estudo dos fundamentos espíritas  contribuirá para desmistificar muitos aspectos do espiritismo. E quem se  habilitar a fazer a faculdade com certeza ganhará muito em autoconhecimento”, afirma a atriz.

O espiritismo surgiu na França no século XIX e tem no Brasil hoje sua  maior comunidade. Segundo o último censo do IBGE são 2,34 milhões de adeptos. Como se estima que os espíritas assumidos em todo o planeta não passem de 15  milhões, pode-se dizer que o Brasil é o país do espiritismo. Foi também em solo brasileiro que viveu Francisco Cândido Xavier (1910-2002), considerado o  mais produtivo médium espírita. Em sua longa vida, Chico Xavier, como era  conhecido, psicografou 418 títulos sob inspiração do espírito Emmanuel. Seus livros  correram o mundo e chegaram ao volume de 25 milhões de exemplares
vendidos.
 
Não pensem os mais afoitos, no entanto, que a escola é uma versão  brasileira de Hogwarts, a escola de formação de bruxos dos livros e filmes de Harry  Potter,  personagem criado pela britânica J.K.Rowling.

A essa turma, o criador do curso Maury da Cruz manda um recado: “Não  vamos formar bruxos, videntes ou médiuns, muito menos ensinar a ver  fantasmas”, brinca ele.





Abraços Fraternos


sexta-feira, 1 de julho de 2011

SUPER INTERESSANTE: PAPO - O que um turista cego vê?


Tony Giles nasceu com um problema na visão e ficou cego aos 10 anos. Mas isso nunca o impediu de viajar. Aos 32 anos, o inglês já encheu 3 passaportes com vistos de 56 países. E decidiu contar como enxerga as belezas e os problemas de cada lugar no recém-lançado livro Seeing the World My Way (sem tradução em português). Giles falou com a SUPER por telefone de 3 cidades diferentes - La Paz, Londres e Atenas.
por Felipe Datt

Como você faz para conhecer os locais que visita?

Não consigo enxergar sequer sombras. Isso significa que preciso de todos os outros sentidos para absorver a cidade de acordo com o tipo de superfície, as músicas e vozes, as comidas, os aromas. Tenho um senso único em relação aos outros turistas, porque uso todos os meus sentidos em conjunto, algo raramente feito por quem enxerga.


Como esses sentidos ajudam a diferenciar os lugares?


Pelo ar sei se estou perto da praia, como quando sinto o ar salgado de Seattle ou Bodrum, na Turquia. Ou se a cidade é poluída. De Yerevan, na Armênia, minha lembrança é uma combinação de fumaça de escapamentos, chaminés de fábrica e cigarro. Também aprendo sobre a cultura. Sei que estou em Chicago logo ao sair da estação de ônibus por causa do cheiro da carne e do jazz e do blues que ouço. Já Buenos Aires e Lima me dão a sensação de caminhar por cidades interioranas, em vez de grandes megalópoles, pois consigo ouvir o som de pássaros e cachorros.


Qual é sua cidade favorita?


Na verdade prefiro natureza a cidades. Consigo captar muito pela pele e uso meu corpo para sentir o ambiente. Quando caminho por uma floresta, tenho a sensação de que o ar está comprimido. Se parece que ele se expandiu, sei que cheguei a uma área aberta. Posso detectar mudanças na pressão do ar e na temperatura. E sinto que pode chover se o vento sopra mais forte.


Mas se tivesse de escolher uma cidade...


Bangcoc, na Tailândia, é incrível. O cheiro de sujeira, dos incensos, da comida de rua, dos canais e dos esgotos a céu aberto se junta ao calor, à umidade e ao barulho do trânsito para atacar meus sentidos simultaneamente. Por outro lado, Veneza me decepcionou. Para mim a cidade cheira a esgoto, não importa quão romântica seja para os outros.


Como você se orienta?


Ando com uma bengala e na mesma direção do trânsito ou do vento. Uso o barulho do tráfego para me guiar. Se preciso encontrar um metrô, uma boa indicação é sentir um grande número de pessoas indo e vindo, ou a vibração que o trem provoca na calçada. Também conto as ruas que atravesso quando me locomovo e refaço o caminho na volta. Em algumas cidades é mais difícil transitar. Como em Atenas, onde as pessoas estacionam os carros na calçada.


O que achou do Brasil?


O trânsito no Rio, em São Paulo e no Recife era impressionante, com motoristas buzinando e motores de carros que soavam como armas de fogo. Em Salvador tinha batuque o dia todo, um barulho parecido com pessoas batendo à porta. Gostei muito do povo, das praias de areia macia e dos sucos de frutas frescas. Que país maluco!


Você já sentiu medo de viajar sozinho?


Sou confiante. Viajar sozinho nunca foi um problema e nunca será. É minha paixão.


Abraços Fraternos